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O Lupesomem Brasileiro (Portuguese)


by guga_dodi

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Eu sei...você já deve ter escutado histórias sobre o que chamamos de Lupesomem. A lenda neopiana que se disseminou por Neopia faz referência a transformação que a espécie neopiana Lupe pode adquirir mediante a condições específicas. Acredito que devo te contar o início da minha história e como eu vim parar no NeoBrasil – uma vez que – eu fui o responsável pela introdução desta lenda em meio ao Folclore neobrasileiro.

      Tudo começou em Altador onde em meio a diversos reinos (e com seus diversos reis) existia um rei famoso chamado de Licaon (e você provavelmente conseguirá mais informações se pesquisar muito bem nos arquivos altadorianos) que governou a região por um longo período. Seu reinado era próspero devido as conexões que o rei tinha com Jhudora. Mas nem todas as negociações envolvendo a fada das trevas mais poderosa de Neopia e o rei foram pacíficas, muitas vezes a ganância de Licaon irritava ela. Com o passar dos anos os atritos foram ficando cada vez mais frequentes de forma que a fada decidiu cancelar os acordos com o rei de Altador, Licaon não satisfeito com a decisão, resolveu criar guerras por toda Neopia – a decisão do rei não agradou Jhudora. A consequência de toda essa história foi a punição de Licaon, que foi transformado em um Lupe – com pelos amarronzados, olhos esverdeados como a pedra preciosa Jade, e garras afiadas como navalhas – capazes de cortar até mesmo o mais forte dos materiais.

      Com o passar do tempo o período Altador foi perdendo poder e novos reinados surgiram em todo o mundo junto com novos conflitos, como a batalha entre Maraqua e os poderosos piratas. Esses impérios eram extremamente poderosos (alguns até mais poderosos que a Altador governada por Licaon) e respeitavam a figura do lobo como uma criatura de incrível poder. Inclusive festas em homenagem ao antigo rei altadoriano foram realizadas, era a Lupercália. Obviamente uma das consequências da expansão territorial foi a inclusão da lenda de Licaon em outras culturas ao redor de Neopia - e assim cada região apresentava adaptações.

     Anos e anos depois havia uma disputa nova, reinos localizados no neoespaço procuraram novas riquezas e territórios. Aqueles que viveram nestes reino acreditavam, na época, que o Lupesomem era na verdade um Lupe com aparência magra, orelhas alongadas e um focinho avantajado – inclusive era visto como um ser punido pelas forças que circulam por Neopia (assim como Licaon em outra época). Aqui também surgiu: a de que somente o oitavo lupe na sucessão era aquele que sofreria com a maldição histórica de Jhudora.

     Agora que vocês conhecem a raiz da lenda, acredito que chegou a hora de contar minha história. Me chamo Antônio Cabral, sou filho de um dos maiores pilotos espaciais de Kreludor e vivi minha infância durante a época de expansão territorial – meu sonho sempre foi conhecer as outras regiões de Neopia (especialmente Tyrannia, como eles conseguem viver sem tecnologia?) e quem sabem descobrir novas regiões. Meu pai, Pedro, me prometeu que quando eu completasse 18 anos faríamos uma viagem juntos em busca de novos territórios para a nação. Minha mãe se chamava Isabel e eu era o irmão mais novo dos oito lupes.

     Tudo começou quando eu completei 18 anos, eu lembro que era uma noite fria em Kreludor e as estrelas brilhavam com tanta força que pareciam micro-explosões espaciais. Naquela noite tudo começou, algumas dores em todo meu corpo fizeram com que eu desmaiasse – eu só lembro de acordar na manhã seguinte perdido em meio a uma profunda cratera. A verdade é que na época eu não entendia muito sobre a condição ao qual eu estava destinado a sofrer pela eternidade, mas ignorei aquele momento de dúvida (afinal, o que eu estava fazendo perdido aquela hora?).

     Como prometido, meu pai e eu fomos autorizados (pelo governo) a realizar uma expedição em busca de novas terras. A nave era enorme, feito com o mais moderno dos metais, parecia um titã perante a imensidão espacial. Relato agora algumas anotações minhas (escritas em um diário de bordo), uma vez que estas precisam melhor meus sentimentos na época.

     Dia 28 de viagem

      A escuridão é extensa, a luz do sol reflete de forma esplendida nas ondulações do vidro resultando em explosões de cores (muito semelhantes com aquelas observadas nos chamados “arco-íris”). Meu pai disse que a viagem duraria muitos dias ainda e que houve um pequeno problema com o sistema de localização (mas me garantiu que não mudaria muito o destino final da nossa viagem).

     Dia 36 de viagem

      Chegamos em Neopia e nossa nave se transformou em um gigante navio (o metal adquiriu uma consistência semelhante a madeira). Tivemos contato com um navio pirata. Papai prontamente negociou com um tal de Capitão Scarblade – explicando os motivos de estarem viajando e buscando novas terras. O tal capitão ainda alertou sobre um fenômeno que acontece de tempos em tempos, quando a lua adquire sua forma redonda (o engraçado é que ele não sabia que Kreludor é a lua de que tanto falam) e quando eventos estranhos acontecem mesmo em lugares pacíficos e inesperados. Não sei o que o capitão quis dizer com isso, mas me arrepio só de lembrar daquele olhar que se fixou em mim por um pequeno instante ao dizer “inesperados”.

     Dia 37 de viagem

      Eu estou desesperado, realmente não sei o que aconteceu...onde todos foram? Onde está meu pai? Não há sinal de vida dentro do navio, exceto por mim. A verdade é que ontem o vento soprava lentamente e trazia junto consigo uma sensação fria – eu me senti tão enjoado que por um momento tudo ficou escuro...escuro até hoje de manhã. A verdade é que estou assustado, não sei nada sobre como conduzir um navio...

     Dia 89 de viagem

      A comida e bebida estão acabando. Acho que meu fim está próximo. Somente as forças externas podem me conduzir a um lugar de terra firme.

     Dia 92 de viagem

      Esse lugar é incrível! Não acredito que o vento soprou de forma tão incessante e me trouxe até esse maravilhoso paraíso! A natureza prospera de forma tão grandiosa, a convivência entre os povos nativos, os animais e as árvores é algo a ser aprendido por todos os seres vivos de Neopia.

      Foi assim que eu cheguei no território que atualmente chamamos de NeoBrasil. De forma estranha fui conduzido até este local e foi aqui também que descobri que durante as épocas que a lua estava cheia eu me transformava em um ser totalmente diferente, um Lupesomem. Estudei muito sobre as origens da minha condição, buscando uma forma de me curar. Os povos nativos foram pacientes comigo, me controlaram quando era preciso, para evitar que eu causasse danos por toda a região. A minha presença naquele local resultou em lendas variadas, muitos não sabiam como eu me transformava assim. Obviamente, as especulações eram várias...

      Em algumas regiões ao Norte acreditavam que eu era um Lupe debilitado, no Sul acreditavam que somente o oitavo Lupe poderia se transformar em Lupesomem (caso tivesse em sua corrente sanguínea a maldição imposta por Jhudora), e no Nordeste acreditavam que eu era um ser que buscava comida de forma incessante e que só parava após estar satisfeito.

      Bem a verdade é que os povos da região Sul acreditavam na lenda correta (ao menos era o que havia acontecido comigo) o que ninguém sabia era como encontrar a cura. Mas a verdade é que o mundo é um lugar estranho e eu encontrei uma forma de me livrar dessa maldição de milênios. Eu me recordo daquela cicatriz...o tal Capitão Scarblade, mas era estranho ter encontrado alguém tão semelhante mais de 500 anos depois. Mais estranho ainda foi ser ferido gravemente por uma espécie de espada feita de prata enquanto eu caminhava por uma trilha localizada no Rio de Janeiro – mais incomum ainda era o fato de que toda lua cheia eu não tinha mais minhas transformações. Com o passar dos anos meu corpo foi se tornando mais velho, algo que não acontecia desde o início dos eventos que relato neste artigo. Acho que essa é a melhor forma de contar a lenda de Lupesomem, escrita por um ex-Lupesomem...espero que possa ajudar outros que sofram da mesma maldição em Neopia.

     

 
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